Um parque arqueológico subaquático será construído na ilha das
Flores. Este se localizará no transatlântico RMS Slavonia, que jaze no mar
açoriano desde 1909.
Inicialmente chamado Yamuna, a embarcação inglesa seria
concluída a 20 de Junho de 1903 pelos estaleiros James Laing.
Esta possuia a capacidade de transportar 10.606 toneladas nos seus 160 metros
de comprimento. Fez parte da British Indian Steam Navigation Ltd.,
contudo acabaria por ser adquirida pela Cunard Steam Ship Co. Ltd. Foi
a última companhia referida que lhe concedeu o nome Slavonia,
com o intuito de honrar a zona com mais movimento migratório naquele tempo.
A 3 de Junho de 1909, o navio partiu dos EUA em direcção à Itália.
O seu rumo foi alterado para satisfazer o desejo de alguns passageiros de
contemplarem os Açores, esta escolha viria ser fatal. O denso
nevoeiro, em conjunto com a corrente marítima, levou a que embarcação atingisse
a costa do Lagedo. O pedido de socorro foi atendido pelo Prinzess Irene e pelo navio Batavia, que se prontificaram a
salvar as 597 pessoas a bordo. Parte dos bens materiais viriam a ser
recuperados por mergulhadores e por alguns florentinos, porém há conhecimento
que café, cobre e três automóveis ainda se encontram no fundo marítimo, dentro
do maior navio que navegou o mar açoriano. Possivelmente a visualização destas
cargas serão uns dos muitos entretenimentos que o futuro parque açoriano terá a
disposição.A história da embarcação britânica não é única na região, manuscritos antigos revelam que os Açores acolhem mais de 600 navios no seu mar, entre eles, o navio francês Caroline. Este “gigante francês” naufragou nas proximidades da ilha do Pico em 1901. Tal como acontecerá na ilha das Flores, este foi palco de um investimento cultural, o Parque Arqueológico Subaquático da Caroline. Existe outra estrutura similar na ilha Terceira, onde é possível visitar um cemitério de âncoras, entre outras atracções.
Fonte: acorianooriental
e nautarch.
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