O caos ocasionado pelo Terramoto de 1 de Janeiro de 1980 está retratado em fotografias recolhidas pelo Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores e o Instituto Açoriano de Cultura e agora expostas na Biblioteca Escolar AlmeidaGarrett sob o título “Terramoto 1.1.80 | novas imagens” desde ontem, dia 8 de Março. A acção trata-se do resultado de uma parceria entre o Instituto Açoriano de Cultura e a Escola Secundária Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, de forma a complementar uma actividade escolar, na qual o escritor Joel Neto trabalha com alunos do ensino secundário.
No primeiro dia do ano 1980, os Açores foram atingido por um terramoto cuja dimensão rondava os 7.2 da escala de Richter. Contudo, nem todas as ilhas o sentem com a mesma intensidade, sendo que as ilhas Graciosa, São Jorge e Terceira, esta última em grande parte destruída, foram as mais afectadas pelo abalo.
No considerado o sismo mais destrutivo dos últimos duzentos anos em Portugal foram ceifadas 73 vidas, deixando centenas de feridos e milhares sem casa. Para ajudar a população açoriana, nomeadamente a da ilha Terceira, a voltar a normalidade, o Governo criou o "Gabinete de Apoio e Reconstrução" do qual foram conseguidos parte dos materiais e do capital necessários para a reconstrução da ilha. A causa açoriana levantou uma onda de solidariedade, da qual foram angariados doações internacionais, contribuindo também para o erguer do arquipélago. Quanto à mão-de-obra, foi o próprio povo a erguer as suas casa, tarefa na qual estrangeiros acabaram por juntar-se, dada a abundância de obras na região.
O "Sismo d’Oitenta", como viria a ser conhecido o acontecimento, marcou os regionais, tal sentimento levou quatro estudantes açorianos, na Universidade de Aveiro, a desenvolver um projecto multimédia no estivesse disponível, gratuitamente, dados revelantes sobre o sismo, bem como testemunhos dos sobreviventes. O resultado da investigação de João Aguiar, Luís Silva, Luís Melo e Rubén Quadros Ramos está disponível no seguinte endereço electrónico: http://www.sismodoitenta.com.
Fonte: sismodoitenta.com, JornalDiario, iac-azores.org e publico.pt.
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