quarta-feira, 16 de novembro de 2016

"17.ª Edição Do Juvearte" No Teatro Micaelense


Visando o convívio entre vários grupos de teatro dos Açores, decorrerá a "17.ª edição do Juvearte" no Teatro Micaelense, em São Miguel. O evento, promovido pela Associação de Juventude de Candelária, começará amanhã, prolongando-se até o dia 19 de Novembro.

Os três dias do festival serão preenchidos com três obras de teatro que têm início marcado às 21h30. No dia da abertura é encenado “O Auto da Compadecida”, uma obra do dramaturgo Ariano Suassuna, realizada pelo Grupo de Teatro Alpendre, sob a direcção de Válter Peres. Já no dia 18, é a vez do Teatro Invisível brilhar em palco com “A Visita”, peça escrita e encenada por Moncho Rodriguez. O desfecho do festival é da responsabilidade do Grupo de Teatro 'A Jangada', que representa “Portugal a dar à Costa”, uma revista à portuguesa.

“Auto da Compadecida”



"O 'Auto da Compadecida' conta as peripécias de João Grilo, um pobre mas esperto “amarelo” que vai sobrevivendo de “pequenos golpes”, ao lado do seu companheiro, amigo, quase irmão mas um pouco menos esperto, o medroso Chicó. É em Taperoá, uma pequena cidade do interior do sertão brasileiro, que as aventuras e desventuras de João Grilo e Chicó acontecem: um enterro religioso de uma cadela; um gato que “descome” dinheiro; porcas cheias de moedas; invasões de vingativos cangaceiros… Enfim, tudo serviu ao dramaturgo brasileiro Ariano Suassuna para expor costumes e fazer uma divertida e acutilante crítica social, onde nada nem ninguém escapa, desde a terra até ao Céu."

“A Visita”



" 'A Visita' conta a história de António, sobrevivente numa aldeia deserta. António é aquele que ficou esquecido, testemunho do vazio. A terra deserta, a tradição deserta. A identidade esquecida. Sem ser explícito, António, denuncia a perda da nossa identidade cultural, no conflito entre a tradição e a modernidade.


O drama de um homem que ficou esquecido numa aldeia deserta, pode simbolizar o deserto de tantos outros, numa sociedade que se distancia, cada dia mais, do próprio homem."



“Portugal a dar à Costa”




“Como todas as histórias, aquelas que terminam sempre com aquele final por todos desejado [… e foram felizes para sempre…], começam todas por [Era uma vez….], mas esta História, mudará o rumo, não do país, não do arquipélago dos Açores, mas da História, e vai começar por: [Aconteceu mesmo uma vez….].

Ei-lo que chega, valente marinheiro de mares, ondas e praias por poucos navegados, vindo directamente de África para o Arquipélago dos Açores, com a destemida e valentia coragem, não sem antes, ao chegar ter dado duas valentes cabeçadas no “calhau”, e emergir, sem fôlego com pesadas e visíveis mazelas, que ela assustada logo se insurgiu:
Ela: – Ai, mas você está ferido! O melhor é chamar o INEM!
Ele: – INEM???? Nos Açores ???? UUAAUUU !!!!!!
Ela: – Realmente! Ouça lá, mas quem é que lhe foi ao olho?!
Ele: – Foi um africano!
Ela: – Ai, credo! Eu sempre ouvi dizer que eles a tinham……..”

Fontes: azorestoday.com, Teatro Micaelense, evensi.pt.


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