segunda-feira, 3 de agosto de 2015

“Presença Madeirense na Caraíbas”



O Núcleo Museológico do Caniço organizou a primeira palestra das muitas que visa preparar ao longo do ano, “Presença Madeirense na Caraíbas” dirigida pela professora universitária Jo-Anne Ferreira. Assistiram num total de 53 pessoas.

À partir da década de 1830, a falta de emprego e de condições de vida degradantes em conjunto com as perseguições religiosas levaram a que a população dos arquipélagos portugueses saísse da sua terra para várias partes do mundo. Um dos destinos desses portugueses foi o Caribe, já que nesta região existia a necessidade de mão-de-obra europeia. A primeira tentativa de entrar nesta zona do continente americano por parte dos Portugal deu-se a cabo por uma embarcação açoriana ilegal, que descoberta, acabou por não poder deixar os seus tripulantes abandonar o navio. No entanto, outros compatriotas tiveram sucesso na sua estadia no Caribe, nomeadamente o povo madeirense. Hoje em dia são visíveis as diversas marcas lusitanas herdadas pelos caribenhos e os lusodescentes: nomes de famílias, de ruas e negócios; construções lusas, tais como a igreja de Escócia de Santa Ana; associações de emigrantes portugueses; pratos da gastronomia madeirenses e continental (“malassadas”, “bolo do caco”, “carne vinha d’ alhos”…); objectos da cultura regional como o “brinquinho”, etc.
Jo-Anne Ferreira é uma investigadora cujas veias percorre sangue lusitano, o que a levou a estudar Linguística Portuguesa e voltar à “casa” dos seus antepassados, a ilha da Madeira para assistir a um curso dado pela universidade regional e ainda partilhar os seus conhecimentos culturais no Caniço. Actualmente dirige projectos que visam salvaguardar a herança portuguesa no seu país, Trindade e Tobago.



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